Eu costumava ter sonhos impossíveis, desejos insaciáveis e esperanças inabaláveis. Agora, não mais. Hoje sou simples, com certezas claras. Os pés no chão e a cabeça longe do travesseiro. Não sei se foi o medo, a ansiedade ou o acaso. Só sei que o mundo girou muito rápido. E eu confesso que tenho uma certa saudade de quando os sonhos não acabavam quando eu abria os olhos. De quando não conhecia a realidade de tanto encanto que eu colocava em tudo. E isso me parecia bom. Talvez eu não queira ser tão esperta. Talvez eu só queira sorrir - boba. Espero que a frieza aqui dentro, faça chover de vez enquanto, afinal é verdade o que dizem sobre as lágrimas, né? Elas lavam mesmo a alma... Às vezes eu me perco calculando cada passo. São tantas escolhas que estou pensando seriamente em dividir esse trabalho com o destino. O resultado das coincidências pode ser mais exato. É sexta-feira à noite e eu estou tão consciente que me dói a cabeça. Preciso de uma dose de sentimentalismo, de drama, de delírio. E se eu cansar do porto-seguro e decidir sair por aí em um navio sem rumo? Essa calmaria me entedia, quero águas agitadas. Quero beijos, telefones e confissões. Quero um futuro de presente.
(esse é pra virna!)
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