Eu sempre escrevo o que meu coração grita: o amor, o medo, a esperança, o passado, o futuro. É fácil traduzir os sentimentos em palavras, é fácil dizer o dia e a hora. Mas eu queria mesmo era me esvaziar. - Que saísse de mim e não voltasse. O meu coração está duro, e as palavras saem secas. Queria poder escrever todo o drama, todo o passo e a quase queda. Talvez alguém entenda o calor do abraço, o sabor das lágrimas, e a falta que me desarmou. O fim é o mesmo. Então pra que me desgastar com fatos repetidos, histórias já contadas, sentimentos já vividos, com lágrimas já choradas? Talvez pra sentir. Achando que o viver está no sentir, mas esse sentir não me deixa viver. Pega a alegria e sorrir, com todos os seus jeitos, manias, gestos e exageros até que esteja bem forte para receber a dor. Eu queria escrever sobre qualquer coisa que não fosse minhas paixões naufragadas. Não queria cobrar absolutamente nada. Mas me dói conhecer a verdade, assim. Me lembro do céu naquele dia, e eu desejei que fosse eterno. E eu quis tocar, ouvir e sentir as estrelas daquela noite. E se perguntarem vão saber que sim, fui feliz!
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