sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sim! É verdade que eu já errei muito nessa minha vidinha mal aproveitada. É verdade que eu ainda estou colhendo o mal que eu plantei. Mas é bem mais verdade ainda que no amanhecer ao abrir meus olhos eu encontrei uma esquina no canto das pálpebras. Foi ali que tudo terminou e é aqui que tudo começa. Eu quero fazer mais do que o certo, quero o que é bom: as tais "obras maiores". E na palma da minha mão, pintado em alto-relevo, um caminho trilhado de lágrimas, dor, e sangue. E no meu estômago a fome de amor. Amor pelos perdidos. A fome de quem tem fome. E na garganta o grito de quem morreu abafando-o. Não morre mais! Eu quero meus frutos gerando frutos e não apodrecendo no chão. Firmei os pés na rocha e lembrei que eu faço parte desta terra. Clamei por ela. Chorei por ela. Mudei por ela. E meu destino, até então parado no portão de casa, é a cruz.

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